Perdoar…é tão bom!

É difícil perceber porque algumas pessoas me magoaram, porque me maltrataram, porque me abandonaram, porque invadiram um espaço só meu.

É difícil perceber o que as moveu verdadeiramente, e o que as levou a não pensar na dor que podiam deixar num corpo frágil a crescer.

É difícil perceber porque diariamente tantas vidas se maltratam e se deixam maltratar, porque tantas marcas e cicatrizes ficam desenhadas nos corpos que se cruzam com o meu aqui e ali.

É difícil acreditar que não há pessoas boas nem más, apenas pessoas que sofrem porque outro alguém as fez sofrer. E em sofrimento, infligem sofrimento no corpo e na vida de outros, e também na minha.

É difícil perceber tanta ausência de consciência, em tanta escuridão, e quando assim é, o melhor mesmo é deixar de querer perceber. Largar os porquês, largar as perguntas sem resposta, largar tudo aquilo que perpetua que acontecimentos passados sejam presentes. Largar todos os julgamentos possíveis e imaginados. E largar porquê? Há respostas que nunca vou encontrar e se assim é, deixo de as procurar ou de as tentar compreender. Talvez porque mesmo que as conseguisse compreender, essa mesma compreensão, não ocultava as marcas e as cicatrizes deixadas, e também tudo aquilo que sou hoje em função delas. Concluí que me restava um caminho, o do perdão. Um perdão sincero, franco, honesto. Um perdão que me permitisse tirar todo o peso do peito, toda a tristeza do rosto, todo o desespero da alma, todos os porquês, toda a vida sem sentido, toda a angústia no peito…que só consumiam energia, nada mais.

Percebi que não queria ser as minhas marcas, nem as cicatrizes na pele, percebi que não queria ser a vitima na minha história nem a vilã, nem a certa, nem a errada, nem a boa nem a má.

Descobri apenas que queria viver a minha vida com amor, sem peso, nem pedras, nem porquês, nem ódios, nem remorso, nem dedos apontados para fora de mim. E para isto tudo acontecer, percebi que o perdão seria o único caminho que me abriria as portas para os outros todos.

Percebi que quando não alimento aquilo que me faz mal, tudo acaba por morrer e se transformar.

Descobri que a principal beneficiada com o perdão, seria eu, na minha vida, na minha pele, e no meu sorriso.

Descobri também que não queria ser aquilo que me aconteceu, mas simplesmente a Diana que gosta de viver e que o quer fazer sempre, da melhor forma possível.

Se este é o caminho para viver em paz, então não quero outro.

Diana

4 Comments on “Perdoar…é tão bom!”

  1. Saber perdoar quem nos fere a alma ou o fisico , é a melhor resposta.
    O coração está em constante renovação a cada bombada e é por aí o caminho do perdao e da aceitação

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